Sexta-feira de manhã, Rodrigo e eu indo para a escola, à pé.
Íamos de mãos dadas, cantarolando. Acabada a música que estávamos cantando, comecei outra:
- Sambalelê tá doente...
(e ele): tá com a cabeça quebrada...
(e eu): Sambalelê precisava...
(e ele): é... de beijinhos...
Olha lá, não é que é mesmo? Quem se machuca precisa é de beijinhos! Que bom, filho, que é essa a lição que você aprendeu.
Imagem: www.gettyimages.com
Desde antes de nascer, o Rodrigo era Verbo e Substantivo, nas cartas que eu escrevia (me) preparando (para) sua chegada. Depois de nascido, começou o carinho de registrar seus pequenos e grandes passos, no "Livro de Histórias do Rodrigo". Parei no volume 2, atropelada pela impossibilidade de parar tudo para vê-lo crescer. Mas a distância de pessoas queridas me provocou a mudar a forma do registro. E foi aí que esse blog começou.
quinta-feira, 26 de março de 2009
domingo, 8 de março de 2009
Confiança
Ontem, no meio da manhã, recebemos um telefonema e um convite de surpresa: era a mãe do F., amigo da escola, convidando o Rô para ir passar umas horas por lá. Ontem era meu dia de descanso (e, portanto, de ficar com ele), mas como sei que o Rô fica muito contente brincando com os amigos, tive que escolher o que ia deixá-lo mais feliz...
Quando contei pra ele do convite, os olhos dele brilharam e ele já foi logo arrumando as coisas, preparando sua mala de brinquedos, colocando os seus crocs de cores diferentes (fiz isso uma vez e agora não tem jeito: o menino só quer usar um croc de cada cor)... Fomos andando, sem pressa até a casa do amigo. E eu explicando para ele que eu iria deixá-lo lá, que voltava para buscá-lo às 15h, que qualquer coisa ele podia me ligar, que ele deveria escutar e obedecer a M. (mãe do F.)...
Chegamos lá e o F. na maior alegria, pois além do Rô, o P.C. também iria! Entrei com o Rô, ele meio tímido, reconhecendo o terreno, olhando com curiosidade mas sem soltar minha mão. Fomos para o quarto do F. e o Rô sentado do meu lado. Depois de um tempinho, disse a ele: "filho, acho que eu já vou indo", ao que ele respondeu "ainda não, mamãe. Fica mais um pouquinho".
O F. que, ótimo!, tentava me dar um pouco de chá de simancol: "olha, você vem buscar o Rô depois de horas", como a dizer, "pra voltar, minha flor, você primeiro tem que ir!" (três anos, minha gente, vamos lembrar que os seres só têm três anos...).
Bom, fato foi que, de repente, o Rodrigo veio, me deu um abraço bem apertado e me disse: "pronto, mãe, agora você já pode ir". Me levou até o portão, me deu um beijo e foi brincar!
Coisa boa aprender a deixar partir, confiando no amor e na volta. Não canso de me espantar: como cresce esse meu filho!
Imagem: www.gettyimages.com.br
Quando contei pra ele do convite, os olhos dele brilharam e ele já foi logo arrumando as coisas, preparando sua mala de brinquedos, colocando os seus crocs de cores diferentes (fiz isso uma vez e agora não tem jeito: o menino só quer usar um croc de cada cor)... Fomos andando, sem pressa até a casa do amigo. E eu explicando para ele que eu iria deixá-lo lá, que voltava para buscá-lo às 15h, que qualquer coisa ele podia me ligar, que ele deveria escutar e obedecer a M. (mãe do F.)...
Chegamos lá e o F. na maior alegria, pois além do Rô, o P.C. também iria! Entrei com o Rô, ele meio tímido, reconhecendo o terreno, olhando com curiosidade mas sem soltar minha mão. Fomos para o quarto do F. e o Rô sentado do meu lado. Depois de um tempinho, disse a ele: "filho, acho que eu já vou indo", ao que ele respondeu "ainda não, mamãe. Fica mais um pouquinho".
O F. que, ótimo!, tentava me dar um pouco de chá de simancol: "olha, você vem buscar o Rô depois de horas", como a dizer, "pra voltar, minha flor, você primeiro tem que ir!" (três anos, minha gente, vamos lembrar que os seres só têm três anos...).
Bom, fato foi que, de repente, o Rodrigo veio, me deu um abraço bem apertado e me disse: "pronto, mãe, agora você já pode ir". Me levou até o portão, me deu um beijo e foi brincar!
Coisa boa aprender a deixar partir, confiando no amor e na volta. Não canso de me espantar: como cresce esse meu filho!
Imagem: www.gettyimages.com.br
domingo, 1 de março de 2009
O mundo é bão
Rodrigo, ultimamente, anda inspirado: canta sem parar as músicas de que gosta. "Leva eu, saudade", por exemplo, ele canta quase todos os dias. "A árvore da montanha", então! I-a-ô! É sucesso garantido...
Mas ontem, no supermercado, foi especial. Ele estava alegre - tinha dormido bastante e estava bem alimentado ;-) - e começou a cantar bem alto "O mundo é bão, Sebastião"! Só o refrão, váááárias e várias vezes.
Mais cedo, ele estava me fazendo companhia no escritório, e se pôs a me desenhar (a inspiração também se expressa nos desenhos, colagens, pinturas e artes com massinha). Fez o tronco - ele agora aprendeu que pessoas têm tronco, assim como as árvores; embora nós tenhamos coração e as árvores não - pernas, e braços. E aí resolveu pôr o toque final: "mamãe, agora eu vou fazer as suas espinhas"! E fez um monte de pintinhas na minha cara... Nada como um pintor realista :-)
* Update: acabei de descobrir que o Rô tinha gostado tanto da música porque achou que era "O mundo é pão, Sebastião..."
Mas ontem, no supermercado, foi especial. Ele estava alegre - tinha dormido bastante e estava bem alimentado ;-) - e começou a cantar bem alto "O mundo é bão, Sebastião"! Só o refrão, váááárias e várias vezes.
Mais cedo, ele estava me fazendo companhia no escritório, e se pôs a me desenhar (a inspiração também se expressa nos desenhos, colagens, pinturas e artes com massinha). Fez o tronco - ele agora aprendeu que pessoas têm tronco, assim como as árvores; embora nós tenhamos coração e as árvores não - pernas, e braços. E aí resolveu pôr o toque final: "mamãe, agora eu vou fazer as suas espinhas"! E fez um monte de pintinhas na minha cara... Nada como um pintor realista :-)
* Update: acabei de descobrir que o Rô tinha gostado tanto da música porque achou que era "O mundo é pão, Sebastião..."
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