sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Nacionalista


Na volta da escola, eu dando banho na criatura e perguntando sobre o dia. Até que chegamos na conversa do almoço:
- e você comeu bastante, filho?
- comi.
- o que é que você comeu?
- alface. mas não era alface normal, era alface de outro país...
Eu, já meio rindo:
- é, filho? romana?
- não.
- americana?
- isso! (pára e pensa). Eu não gosto de alface americana, só gosto de alface de São Paulo!
O menino tá num ótimo caminho para o consumo sustentável :-)

Imagem: daqui.

bem-vindo!

Logo cedinho, conto para o Rodrigo que o neném que tem dentro da barriga da Paulinha é um menino e que chamará Francisco:
- ele é francês, mãe.
- não, filho, ele vai chamar Francisco, Chico!
- mas Francisco rima com francês.
Francês-Francisco-Chico: seja muito bem vindo!!!

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

máquina do tempo

Rodrigo e eu indo para Londrina e o menino não parou de tagarelar durante os primeiros 300km. Olhava tudo, comentava coisas como:
- mãe, eu gosto desse ônibus. Nesse você não tem que me deixar aqui sentado para ir pagar...
Ou:
- eu gostei desse ônibus, mãe, ele é chique!
Vimos vacas estradeiras, nuvens de formas variadas... E num dado momento, Rodrigo me diz:
- mãe, a gente já andou muito, né?
- é, filho, já andamos bastante.
Aí ele aponta para a janela e comenta:
- acho que já estamos no século XVII.
Da próxima vez tenho que prestar mais atenção na hora de embarcar: achei que estava indo rumo à Londrina, mas me meti mesmo foi numa viagem rumo ao passado :-)

domingo, 12 de setembro de 2010

Horário Comercial

Tomando banho, deu-se o seguinte diálogo:
- Rodrigo, você não vai lavar atrás da orelha?
- Não, mãe. A orelha só lavo de segunda à sexta.
Eu realmente não sei de onde ele tira essas coisas :-)

sábado, 11 de setembro de 2010

Eco-eco-eco

Rodrigo agora deu de ficar brincando com o eco. Mas não é que ele espera a gente estar em algum lugar que, de fato, produza eco. Não, Rodrigo decidiu, no melhor estilo tabajara, que não dependerá de lugar para ouvir o eco de suas próprias palavras. Assim, o menino ficou por cerca de quinze minutos, no meio da sala, gritando:
- Eco, eco, eco...
- Mamãe, ãe, ãe...
- Sofá, fá, fá...
- TV, ê, ê, ê...
- Avião, ão, ão...
- Cabeça, eça, eça...
- Chulé, é, é...
- Carros, arros, arros
Eu mereço, eço, eço ;-)

Ternuras

Rodrigo e eu fazendo a limpeza anual de brinquedos, sentados no chão em meio a uma porção de brinquedos e brinquedinhos. Encontramos um jogo de memória e ele me pede para jogar.
- Ai, filho. Acho que não vai dar. Mamãe está com dor nas costas...
- É, mãe? Pérai que vou te dar conforto.
- ?
Ele levanta e começar a procurar:
- Cadê? Onde tem um conforto?
(e eu observando com uma baita cara de pastel)
- Aqui! Achei, mãe. (Me estende uma almofada). Pronto! Agora você tem conforto.
Ô! Depois desse carinho todo, fiquei me desmanchando que nem o recheio da almofada :-)