sexta-feira, 25 de setembro de 2015

literal

Estamos atrasados para a natação (só para variar) e o menino fazendo corpo mole. Já está descendo finalmente a escada quando se lembra do chinelo e faz menção de voltar para o quarto.
Aviso:
- pode continuar a descer, que o chinelo está no pé da escada.
Indignado:
- por que a escada está usando o meu chinelo?!
Vou ver se não querem contratá-lo como roteirista das histórias do Louco...

quarta-feira, 1 de abril de 2015

pra boi dormir


É aniversário do avô e vamos todos à uma churrascaria, em sistema de rodízio. Rodrigo não se interessa pelas carnes, ininterruptamente oferecidas, mas presta atenção aos garçons. Quando olho, está contando alguma coisa nos dedos - ia marcando quatro.
- O que você está fazendo, Rô?
A resposta é rápida, sem ironias:
- Contando carneiros...
E esse é meu filhote, sempre um tanto literal demais! :-)

Imagem: Laura Wright

sexta-feira, 6 de março de 2015

princípio de realidade

A irmã está indo viajar para Roma. Rodrigo faz encomendas:
- você me traz uma pizza?
A irmã explica que não vai dar, pois antes de voltar ainda vai passar em outros lugares e a pizza estragaria na mala. O menino suspira:
- tudo bem. Então me traz uma receita de pizza?
Nada como adequar o desejo à realidade :-)

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

seletivo

Combino com Edu e Rodrigo de me pegarem após uma reunião para passearmos juntos. Somos convidados a comer pizza com a turma reunida, então pergunto:
- Rô, quer ir comer pizza? Você pode conhecer o pessoal!
Me olha, suspirando:
- não. Gosto de conhecer apenas pessoas de até 13 anos.
Sério mesmo, gente: de onde é que ele tira essas frases?!

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Rodrigo analista

Rodrigo de férias, vamos até a praça. Encontro um bumerangue, mas decido não levar, pois a gente não se acerta muito com ele e acaba não jogando.
Comento com o Rô:
- filho, a gente não sabe jogar bumerangue.
- sabe sim!
- claro que não!
- o problema é que esses nossos bumerangues têm problema de personalidade...
- ...
- é sim... eles acham que são pedra. Aí a gente joga e eles não voltam. Nem sabem que são bumerangues.
- (silêncio profundo, enquanto tento resgatar meu queixo, que aparentemente também não sabe que é queixo e que não pode sair caindo por aí).